9/21/2012

Meu Lado


Eu queria que você me quisesse tanto quanto eu te quero. Não queria que fosse eterno, imortal, linear, ininterrupto, nem outros adjetivos. Só queria que você me amasse. Menos que isso (ou mais que isso) queria que você gostasse de mim. Queria que você gostasse de passar tempo comigo. Na moral, isso basta. Porque isso representa tudo. Se você quer passar tempo comigo… Não sei, não consigo explicar, mas é bom o suficiente. Porque passar tempo com você é muito bom. Ótimo. Eu só não quero ser aquele cara chato que enche seu saco, que você não aguenta mais. Aquele cara que você vê indo na sua direção e você dá um suspiro (um suspiro ruim, um suspiro péssimo). Odeio isso. Eu não quero ser chato, na moral, a última coisa que eu quero ser é chato. Você quer conversar? Eu posso conversar. Você quer falar, só? Eu adoro te ouvir. Você quer ser elogiada? Nunca seria mais sincero. Você quer me xingar? Dói, mas é melhor que falsidade. Você quer ouvir música? Sabe mais que tudo o quanto eu AMO música. Você quer reclamar da vida? Vou tentar o máximo possível te fazer rir. Você quer ouvir, só? Gosto de falar, também. Você quer ficar em silêncio e olhar pra janela? Deixa só eu te olhar… Você quer dormir? Deite no meu ombro! Mas fique do meu lado. Mais que isso (ou menos que isso)goste de ficar do meu lado. Isso faz todo a diferença.
Porra, eu Amo você.

9/09/2012

Reação

O sorriso é só o que você consegue ver.
Mas, aquela sensação (boa, MUITO BOA), isso não dá pra explicar.
Não dá pra explicar o que dá quando você fala isso ou quando você fala aquilo.
Não dá pra explicar como me faz bem conversar com você.
Não dá pra explicar o arrepio que percorre minha espinha só de imaginar o que poderia acontecer...
Não dá pra explicar como eu queria...
Ah, como eu queria.
Não dá pra explicar o que eu gostaria de explicar.
Não dá pra explicar o bem que me faz.
Não dá pra explicar nada.

Mas, talvez, seja assim mesmo.
Talvez não dê pra explicar o Amor, neah?

8/10/2012

Quando O Sol Bater Na Janela Do Seu Quarto e Sigmund Freud

Em O Mal-estar na Civilização, Sigmund Freud diz que o ser humano, por nossa própria constituição, busca antes a ausência de sofrimento e desprazer que a felicidade, em si. Em outras palavras, temos mais medo da dor do que queremos o prazer.
Além disso, ele diz que o sofrimento e o desprazer é oriundo de três diferentes fontes: O poder superior da natureza ("do mundo externo, que pode voltar-se contra nós com forças de destruição esmagadoras e impiedosas"), do nosso próprio corpo ("condenado à decadência e à dissolução") e, (e este talvez nos seja o mais penoso dos três), das relações entre nós mesmos, entre os próprios seres humanos.
Para completar, ele ainda nos diz que temos basicamente, três formas que nós usamos para alcançar uma pseudo-felicidade: nos intoxicando (usando drogas), nos afundando em nosso trabalho ("como, por exemplo, a alegria do artista em criar, em das corpo às suas fantasias, ou a do cientista em solucionar problemas ou descobrir verdades") e, por fim, a fruição da beleza ("a beleza nas formas e a dos gestos humanos, a dos objetos naturais e das paisagens e a das criações artísticas e mesmo científicas").
Desta última, gostaria de ressaltar um trecho da obra que diz: "A fruição da beleza dispõe de uma qualidade peculiar de sentimento, tenuemente intoxicante".
É à partir desse contexto e desse trecho que gostaria de dissertar. A fruição da beleza dispõe de uma qualidade peculiar de sentimento, tenuemente intoxicante. Realmente, intoxicante. Partindo, logo acima, das criações artísticas, vamos falar da minha beleza, da minha forma de alienação, da minha beleza. Da minha felicidade.
Vamos falar de música.
E, dentro de música, vou escolher aquela que mais me lembrou da minha vida nesta semana. E a que eu estava escutando quando me fez pensar sobre escrever aqui. Quando O Sol Bater Na Janela Do Seu Quarto, do Legião Urbana.
Esses dias, quando eu postei aqui, eu estava deprimido. E a minha salvação, aquilo a que eu me agarrava com todas as forças, aquilo que eu mais precisava era de música. Era minha esperança. Sabe?!
Agora, curiosamente, nos dois últimos dias, que eu os achei realmente muito bons, e estive realmente feliz, foi, novamente, a música quem procurei. Como um velho amigo, a quem nós gostamos de dividir nossas felicidades. Ainda  mais que isso, um velho amigo que já compartilha das suas felicidades, com quem você pode ficar horas sem pensar, só apreciar... E sorrir como um bobo. E ter esperança.
Maldita palavrinha, essa, esperança. Um sentimento um tanto quanto tenuemente intoxicante, bem peculiar. Uma faca de dois gumes, por assim dizer.
E, talvez, só talvez, é a essa esperança que nós nos agarremos. É daí que vem a nossa pseudo-felicidade. Que, talvez, e só talvez, não seja tão pseudo assim. Talvez, e só talvez, podemos começar tudo de novo. E, só talvez, ainda temos chance.
Vê? Eu acho que, talvez, essa pseudo-felicidade seja algo realmente feliz, por assim dizer. E, mais que isso, acho que, talvez, a nossa felicidade não seja tão inalcansável assim. Não estou querendo ser presunçoso de mais pra achar que meus humildes e nada importantes 16 anos são capazes de contradizer o velho estudioso. E, pra ser sincero, não sei se eu mesmo acredito em tanto otimismo.
Mas a ideia de não existir felicidade palpável, ao alcance dos homens, é demais inadmissível. Nesse mesmo texto, Freud explora essa ideia, dizendo que a felicidade possivelmente é o objetivo de nossas vidas.
Mas, como elevamos a felicidade a um plano inalcansável, nós criamos os nossos próprios pseudo-objetivos. E, nessa parte, sim, eu concordo com Freud. Ganhar dinheiro, ganhar status social, uma boa família, respeito, carreira, tudo isso se tornou nossos "objetivos". E é importante não se esquecer das aspas ali.
Além desses objetivos, Freud, em um dos textos, coloca que algumas pessoas optam por escolher o amar como "objetivo". Mas, quando você faz isso, você não ama a pessoa, em si. Você ama o ato de amar. Esse pensamento é... Foda. E eu não consigo deixar de pensar que me entendo um pouco melhor com isso.
Mas não importa. Não faz diferença se eu amo o ato de amar ou a pessoa. O importante é que eu Amo! E isso, meus caros, é felicidade, não é? Amor é Felicidade. E Música é Felicidade. E, digam o que disserem, é por isso que eu vivo.

8/06/2012

Desabafo da Madrugada


Eu vou ser sincero, não sei bem porque estou escrevendo este texto. Mas, assim como tantos outros, eu estou me sentindo mal. E, cara, como eu estou me sentindo mal. Me sinto podre, como tantas vezes antes. Minha cabeça está pesada, e eu quero chorar...
Eu queria ser burro, isso sim. De verdade. Não que eu seja inteligente, mas eu queria ser ignorante. Queria não pensar nas coisas que eu penso. Queria não pensar nisso. Queria poder continuar iludido, estúpido, jogar minha vida fora. Seria mais fácil, então por que não?
Queria ser babaca. Queria ser escroto. Queria ser aquele como O Hamster. O cara muitas vezes é uma das pessoas mais babacas que eu conheço, apesar de ser meu grande amigo, ele consegue ser um troxa quando ele quer. Mas ele não tem pudores. Ele fala o que ele quer, ele faz o que ele quer. Eu queria ser assim.
Esse Mito que criaram, que pessoas românticas e de emoções fortes são nobres ou qualquer coisa do tipo... Ridículo. São ridículas. Estúpidas. Sofrerão.
É você. Mas não é você. Na verdade, sou eu. É eu perceber, eu entender o quão ridículo eu estava sendo. E eu talvez continuaria assim, se não tivesse te visto hoje. Ainda existe a possibilidade que eu continue assim, apesar de tudo. Mas eu não quero.
Eu não tenho propósito. A minha vida não tem propósito. E não vejo sentido em estar aqui, no grande vazio, na minha grande insignificância. Meus objetivos, por mais utópicos que fossem, serviam pra mim. Mas, depois de expulsarem o André, eu não tive nem forças nem vontade de continuar na luta.
Não que a tal expulsão tenha sido a pior coisa do meu ano. Esse ano tem acontecido coisas horríveis. Assim como coisas boas, mas as horríveis conseguem ter um peso maior. Também, é de se esperar, tive um contato tão próximo e tão chocante com a morte, sofri outra perda terrível com a pessoa que mais me servia de modelo, e, para coroar, perdi minha namorada. Perdi, mas não procurei de volta, importante ressaltar isso.
Aí apareceu você. Em toda minha escuridão, uma amiga, alguém com quem eu pudesse contar. E, puta que o pariu, você é muito linda. Você sempre esteve lá, mas cada vez mais forte, até que, quando eu mais precisava, era você quem eu procurava, e você quem eu encontrava.
Entenda, eu estava carente e sem rumo, não é assim tão surpreendente que eu segui pelo caminho que eu segui. Mas foi estúpido, vejo isso agora. Fiquei me fazendo de romântico, me iludindo. Coloquei você como meu objetivo, meu motivo de existência.
Mas.
Agora já não tenho nenhum. Não procurei outra coisa, outro conforto. Mas eu vejo que jamais poderei tê-la. Não basta ser demais para mim, você não quer. Vê? Não sou ridículo? E eu estou mais só do que nunca, porque não devo me aproximar. E já não tenho mais zona de conforto, minha alienação.
Música é a única coisa que ainda faz sentido. Música é minha salvação. Me agarro à música com todas as minhas forças. É meu sol. É mais do que gosto, do que prazer. É necessidade. Completamente dependente... Minha última esperança.
E, para ver o quão estúpido eu sou, ainda, o que eu mais quero, é te ter aqui.

7/27/2012

O Afogamento

É como se você estivesse se afogando.
Você está em transição. Não está em nenhum outro mundo, mas quase não está neste. A música alta chega, abafada, aos seus ouvidos, mas nenhum outro som está presente. Os raios de sol que chegam às suas pálpebras fechadas foram desviados pela água, formando desenhos ilógicos na escuridão. Seu nariz e sua boca mantém o ar inodoro e sem gosto passando por seus pulmões, mas isso não te impede de se afogar.
Sua mente que se afoga. Porque ali, na escuridão, nada tem para chamar a sua atenção, nada para se concentrar, nada para se agarrar. A água te puxa para baixo e para baixo... Mas não há chão, não há fim, há apenas água e você. Qual dos dois é o responsável? Qual dos dois mais te assusta? Qual dos dois está verdadeiramente te matando? Isso você jamais saberia responder.
E, nesse período em que o cada segundo dura o tempo do infinito, você flutua não apenas na água, mas no espaço-tempo. Você não está presente em lugar nenhum, e está presente em tudo. Se lembra de cada rua pela qual passou, cada vista que já teve o deleite de ver, cada casa em que você pisou, cada marca que você deixou. Lembra-se de tudo que construiu, dos brinquedos da infância, do que já passou, do que já teve, do que já foi.
Você volta não apenas para outros lugares, mas também no tempo. E essa parte dói. Porque você se lembra de cada rosto, cada momento. O tempo lento revive os mortos, os esquecidos, os perdidos. Tudo que já passou volta, e a nostalgia te atinge, aumentando o afogamento. Aquilo que já passou, que nunca mais vai voltar.
Até porque, você vai morrer. Não há ninguém na piscina de águas paradas que perceba que você está morrendo, nenhum valente herói vai te salvar. Ninguém pode te salvar de você mesmo. Nesse momento, nem você mesmo. Mas você está em paz. A ferida é profunda, mas a dor é suave, calma, um leve incômodo. Sua vida inteira esteve lá, mas é agora, quando tudo está prestes a acabar, que você entende a dor, o comichar. A culpa. A falta.
Isso, acima de todo o resto, é o que mais dói. A última vez que você viu esse ou aquele rosto. As últimas palavras, nem sempre tão tenras quando você quereria, se soubesse que estava morrendo. Aqueles que você nunca mais verá. As brigas que não houve tempo de pedir perdão. Os erros que você não pode consertar. Aqueles que talvez nunca saibam que você os amou. O uísque que você não terminou de tomar. A canção que você deixou pra compor amanhã. A vida que você deixou de viver. E só agora você percebeu que acabou.
Então, de repente, você acorda

7/20/2012

Por que que eu me encho de esperanças?! Na moral, será que eu AINDA não aprendi?! Essa esperança é tão... Babaca... E o pior que eu só queria poder te ver, te abraçar. Pqp, como eu quero te abraçar... E todo mundo sabe, todo mundo sabe que não vai dar certo, que é ilusão, que é bobeira. Mas meu coração insiste em criar esperanças. Que bosta, neah?! Eu ainda fecho os olhos e vejo seu rosto. Eu ainda consigo ficar imaginando a gente junto... E eu ainda imagino que existe a possibilidade desse sentimento ser recíproco. Que merda...